Alckmin permanece protegido em investigações do Metrô

Por cecilia | 18/04/2018

Mais de uma semana depois do afastamento do ex-governador Geraldo Alckmin, a Justiça de São Paulo tornou réus seis ex-presidentes do Metrô de São Paulo, entre eles o atual secretário de Transportes do estado, Clodoaldo Pelissioni, e o chefe de gabinete da Prefeitura de São Paulo, Sergio Avelleda.

Todos já ocupavam cargos estratégicos para o Transporte do estado de São Paulo. A ação civil, envolve o período das gestões dos tucanos José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, o jornal O Globo faz questão de frisar que Pelissioni é o secretario de Márcio frança, o atual governador.

Os réus na ação do metrô serão processados a respeito da compra, em 2011, de 26 trens por R$ 615 milhões. Eles seriam utilizados na linha 5-lilás do metrô, mas ficaram parados porque suas obras de ampliação não haviam terminado. Só após o julgamento do caso, os suspeitos poderão ser considerados culpados ou inocentes.

Na decisão que implicou o secretário, o juiz Adriano Marcos Laroca aponta ser necessária a produção de provas "para demonstrar, com certeza, que a conduta dos agentes não atentou especificamente aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e eficiência, muito menos causou dano ao erário".

No caso de Lula, não, as provas podem ser frágeis, claro. E apenas a sua posição política já é suficiente para incriminá-lo. “Ele deveria saber”, dizem os que apóiam a condenação de Lula.

O mesmo não vale para Alckmin, o gestor. Os atrasos constantes nas entregas das ampliações de linhas, em especial a Amarela e a Lilás, não foram suficientes para acender o sinal de alerta do ex-governador de que algo muito estava acontecendo?

Nessas eleições é preciso mudar. São Paulo passou mais de 20 anos nas mãos do mesmo grupo. Um grupo que não se importa em deixar aos trabalhadores um transporte ruim, uma saúde de péssima qualidade, uma educação ineficiente e, pior de tudo, não se sente obrigado a prestar contas de seus (des) governos.