Governo Alckmin tira a carne da mesa das famílias mais pobres

Por geraldo | 10/02/2017

O consumidor paulista vai ter que tirar mais dinheiro da carteira para manter a carne no cardápio. Com o decreto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que acaba com a isenção do ICMS para frigoríficos e varejistas, o aumento da carne de boi, frango e suíno pode chegar até 11% no balcão dos açougues segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado.

O fim da isenção da cobrança de ICMS para frigoríficos e varejistas, que vigorava desde 2009 significará aos frigoríficos uma alíquota de 7% e ao varejo de 11%. Para diminuir a pressão de empresários do setor, que receberam mal a notícia, Alckmin aplicou um crédito de 7% na compra do animal, beneficiando somente a indústria e jogando todo o peso tributário para o varejo.

 

Segundo Pedro Fernandes da Cunha Filho, diretor do Sindicato, o aumento reduz o poder de compra do consumidor paulista. “Com a crise, sofremos uma redução nas vendas que chega a 40%. Se o consumo baixar ainda mais por conta do aumento, a cadeia toda sofre. Pode haver demissões e até fechamento de estabelecimentos”, denuncia. O Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado representa 15.000 estabelecimentos em todo o estado.

O deputado estadual, Geraldo Cruz, recebeu representantes do Sindicato em seu gabinete e estuda medidas para diminuir os danos do decreto. “O cidadão que pagava em média R$ 18 no quilo do músculo, terá que desembolsar mais R$ 1,30. Quem consome filé mignon vai continuar com a mesa farta. No governo Alckmin a picanha fica cada dia mais longe da mesa do povo”, declarou Geraldo Cruz. CB