Geraldo Cruz quer que governo garanta acesso gratuito a repelentes

Por geraldo | 19/02/2016

O deputado estadual Geraldo Cruz, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, enviou indicação ao governador determinando que a Secretaria de Saúde garanta que as pessoas de baixa renda tenham acesso gratuito a repelentes de eficácia comprovada contra o mosquito Aedes aegypti, que é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, zika, febre amarela e chikungunya

O texto determina, ainda, à Secretaria da Saúde que sejam adotadas as providências necessárias para que famílias carentes, em especial mulheres grávidas, tenham acesso gratuito a repelentes. “Pouco se sabe sobre o vírus zika. A melhor prevenção é o combate ao transmissor através de erradicação dos focos de criação e utilização de repelentes. Porém, grávidas e famílias carentes não conseguem adquirir o produto devido aos recursos financeiros limitados”, esclarece o parlamentar.

Geraldo Cruz ainda explica que “o aumento da demanda de compra de repelentes por conta dos surtos de dengue, chikungunya e zika vírus fez o preço subir de forma absurda. A Fundação PROCON-SP constatou que houve aumento excessivo nos preços de repelentes dificultando ainda mais a aquisição desse produto por pessoas carentes”.

A proliferação de doenças causada pelo mosquito já avança o interior de SP e atinge pelo menos 15 cidades. A previsão é de que o Brasil chegue a 1,5 milhões de infectados até dezembro apenas pelo vírus zika.

Em 2015, o Estado de São Paulo chegou a bater recorde em mortes por dengue e várias cidades tiveram surto da doença. Esse ano a situação ficou mais crítica com o avanço do vírus zika que pode causar microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré, além de outras doenças ainda não conhecidas.

Paralelamente, estudos realizados pela Universidade UNICAMP, em 2014, demonstram que a população de baixa renda está mais vulnerável ao contato com o mosquito causador de doenças. “Não é possível que o governo estadual assista o avanço das doenças e espere providência apenas dos municípios. O uso do repelente passou a ser uma necessidade de primeiro grau e é preciso garantir que os mais pobres também tenham acesso a esta proteção”, explicou o deputado, lembrando que o uso de repelentes vem sendo indicado por especialistas na prevenção das doenças transmissíveis pelo mosquito, principalmente para mulheres grávidas.