Entrega do Metrô Taboão deve ficar só para 2019

Por cecilia | 26/11/2015

Após cinco meses de total paralisação, a licitação das obras da linha 4 - Amarela que vai até a Vila Sônia foi retomada na última terça-feira, 24. Com isso, empresas interessadas em retirar o edital da concorrência para a finalização das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia - além da extensão de manobras do ramal - podem fazer a solicitação do documento, segundo publicação feita no Diário Oficial do Estado.

Em março de 2012, o governador Alckmin anunciou que a Estação Vila Sônia iria ser entregue em 2014, mas agora deu novo prazo para 2019.

O primeiro empréstimo para a Linha 4 é de 1994, mas a obra só entrou em execução com a licitação que se realizou em 2003. Isto é, com atraso de nove anos. Em outubro de 2003, foi finalmente assinado o contrato, que deveria ter terminado em 42 meses, ou seja, em abril de 2007, mas se prorrogou até 2011. O Consorcio Via Amarela, que tem entre seus membros a Alston e várias empresas do cartel das empreiteiras, ganhou dois lotes da obra e o terceiro lote foi ganho pela Consórcio Camargo Corrêa / Andrade Gutierrez / Siemens.

Também na ultima terça-feira, 24, o Estadão publicou denuncia sobre a linha 5 – Lilás que não tem uma sequer estação entregue há mais de 650 dias. Nota-se que de acordo com atualizações de mais de 60 cláusulas contratuais o atraso custa mais de R$ 1 milhão por dia aos cofres públicos.

Em outubro deste ano o governo estadual tentou censurar informações sobre obras e manutenção do Metrô. Os documentos receberam classificação "ultrassecreta" determinada pela Lei de Acesso à Informação, de 2012, que só deve ser usado em casos especiais. Amplamente questionado pela imprensa e pela oposição, o governador foi obrigado a voltar atrás na medida.

“Para o bem dos usuários e trabalhadores do transporte público de São Paulo, de toda a região da Vila Sônia e em especial de Embu das Artes, espero que o governador desta vez honre com sua palavra. Espero ainda mais. Todos os cidadãos de bem exigem transparência no uso do dinheiro e mais rapidez na conclusão das obras”, explicou o deputado estadual Geraldo Cruz. CB