Secretário da educação falta em audiência pública e violência contra estudantes aumenta

Por cecilia | 25/11/2015

O secretário estadual de Educação,  Herman Voorwald, cancelou ontem  sua participação oficial na Comissão de Educação na Assembleia Legislativa de São Paulo. A presença dos secretários estaduais nas comissões é prevista na Constituição Estadual e faz parte das obrigações semestrais de cada pasta para que seja prestado conta à sociedade o que vem sendo feito pelas secretarias.

Também foi notada pela imprensa a ausência de sequer um representante da secretaria de Educação na audiência dessa terça-feira, 23, no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que negou reintegração de posse das escolas ocupadas por estudantes que não aceitam a (dês)organização escolar imposta pelo governador Alckmin.

A desculpa oficial para o apagão da secretaria de Educação é a realização do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). Mas, com mais de 130 escolas ocupadas em todo o estado, o boicote dos estudantes à prova, e os professores em estado de greve declarado pela Apeoesp,  tudo indica que a verdadeira intenção é fugir do constrangimento de ser cobrado por uma postura de agressão ao ensino público.

Paralelamente as ações policiais contra estudantes aumentaram. Na Escola Estadual Tito Lima a direção da escola chamou a polícia para a comunidade que tentava ocupar de forma legítima a escola contra o seu fechamento. A polícia militar invadiu o interior da unidade aterrorizando seus ocupantes, dentre eles crianças. A diretora fechou com cadeados os portões deixando as pessoas em pânico.

Para o deputado Geraldo Cruz, as últimas ações do governo demonstram sua incompetência para o diálogo, “tenho repetido desde a greve dos professores estaduais para os quais este governo também virou as costas, que a educação pública do nosso estado só irá melhorar quando houver um grande diálogo com a sociedade, os educadores e os estudantes, quando houver por parte do governo uma verdadeira intenção de tornar transparente a gestão da Educação. O que temos visto é que este governo é contra a educação, não quer transparência na gestão dos recursos, e ainda por cima não gosta de pessoas”, explicou o líder do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo. CB