Governo nega informações sobre saúde de Embu das Artes e região

Por geraldo | 15/09/2015

Mais uma vez o governo do Estado mostra sua incapacidade e deixa de informar à população dados sobre a área da saúde. O deputado Geraldo Cruz, líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, após receber denúncia de um grupo de moradores, que estão na fila de espera há mais de três anos, sobre falta de leitos hospitalares na região de Embu das Artes, encaminhou, em abril deste ano, requerimento de informação à Secretaria da Saúde. Passados cinco meses, essa pasta não informa quantas são efetivamente as cirurgias realizadas e não apresenta números sobre a distribuição de leitos na região.

Apenas envia índice geral das cirurgias no estado de São Paulo (como hérnia, vesícula, catarata e ortopedia), sem mencionar, por exemplo, Embu das Artes, cidade em que o parlamentar chefiou o Executivo por dois mandatos e conhece a urgência da construção de um novo hospital para atender a população local e dos municípios vizinhos. A região é carente de hospitais que disponibilizem leitos para cirurgias sem urgência e com agendamento. A maioria da população aguarda de um a cinco anos na fila de espera por esse tipo de procedimento.

Tomando-se por base as informações encaminhadas pela Secretaria da Saúde, comandada no momento por David Uip, sabe-se apenas que a demanda está reprimida e que a maioria dos pacientes aguardam mais de um ano na fila de espera por uma cirurgia simples, como hérnia, vesícula, catarata e ortopédica, entre outras.

“Se o Governo do Estado disponibilizasse as informações por mim solicitadas seria possível saber quantos leitos a região deveria ter para atender a população, além de explicitar a quantidade necessária de vagas que justificariam a necessidade de construção de um novo hospital para atendimento de UTI intensiva e semi-intensiva, UTI neo-natal e atendimento não urgente”, disse Geraldo Cruz.

Ainda de acordo com o parlamentar, “o governo estadual é o causador deste sofrimento causado à população, pois é sua a responsabilidade da gestão dos hospitais, de dar a garantia aos pacientes de obterem uma consulta com especialista e a realização de uma cirurgia, quando necessário, o mais breve possível”. E Geraldo Cruz lembra que tem conhecimento de histórias trágicas de pessoas que foram chamadas para fazer a cirurgia prevista e marcada, mas que já haviam morrido. Para ele, “a saúde de São Paulo pede socorro”.