Mulheres Empreendedoras: evento do Mandato de Geraldo Cruz reúne empresárias, moradoras e lideranças, e movimenta Embu das Artes

Por | 16/03/2014

Empresárias dos setores da indústria, comércio e serviços participaram da Mesa-redonda Mulheres Empreendedoras realizada em parceria pelo Sebrae, Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Embu (Acise) e o Mandato do deputado estadual Geraldo Cruz. A ação foi realizada para marcar a passagem do Mês da Mulher. Geraldo Cruz agradeceu ao presidente da Acise, Hillmann Albrecht, pelo trabalho em parceria e traçou um panorama dos desafios das mulheres na atualidade, lembrando as conquistas históricas, como o fato de uma mulher ocupar o mais alto cargo do País. No final da explanação, o grupo de Maracatu da renomada artista Raquel Trindade agitou a região central de Embu e saiu dançando da Acise até o Largo 21 de Abril.

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“A mulher está em destaque nos últimos anos no Brasil. A eleição da Dilma é um marco histórico dessa revolução. Isso fortalece a luta das mulheres brasileiras e do mundo. O Brasil hoje é uma nação importante do ponto de vista mundial”,  afirmou o deputado.

Geraldo Cruz lembrou que a data nasceu a partir da luta das mulheres americanas por melhores condições de trabalho. Ele avaliou que ainda é tímida a presença das mulheres nas câmaras, entre os deputados e senadores.

O parlamentar destacou que Lei Maria da Penha é um avanço histórico, mas ainda precisa evoluir para que acabe de vez com a violência doméstica. Geraldo Cruz também defendeu a superação de barreiras contra negros, deficientes, pobres e todas as minorias.

A coordenadora do Escritório Regional do Sebrae em Osasco,  Eliane, falou sobre empreendedorismo e apresentou setores preferenciais de atuação das mulheres. De acordo com o Sebrae, 38% delas investem em alimentação e vestuário, 33%  em salão de beleza, bares e lanchonetes, 20% atuam na indústria e no comércio.

Eliane salientou características predominantes dos empreendedores como planejamento, avaliação de mercado, estabelecimento de metas, comprometimento, persistência, foco na qualidade  e iniciativa.  

Segundo a palestrante, o Sebrae mapeou 5 desafios das mulheres empreendedoras: encontrar oportunidade de negócio, delegar poderes, ter foco, ampliar rede de relacionamento e ter liderança.

Bem humorada, a empresária Terezinha Almeida, da Nichibras, falou das características predominantes nos empreendedores, enumerou desafios e falou da dedicação que tem ao negócio.

“Antes da Dilma ser presidente, eu fui presidente. Não fui presidente do País, mas fui presidente da Acise”, disse com bom humor.  

Maria Inês Damas, proprietária da empresa DM5, disse que montar um negócio é um eterno aprendizado. Ela trabalhou 24 anos numa empresa de iluminação e depois decidiu abrir o próprio negócio. Para ela, as crises têm o potencial ilimitado de ensinar.

A administradora Evódia Ruas, da Ruas Serviços de Vigilância, contou a trajetória da empresa que atua há 5 anos no mercado.

Alessandra, presidente da Cooperativa de Reciclagem de Matéria-Prima de Embu (Coopermape), que existe desde 1994 e sempre foi  dirigida por mulheres, enfatizou: “A mulher é guerreira e batalhadora. Ela nasce com o desafio de conquistar e vencer. Hoje a mulher está se destacando e tem conseguido se manter”.

A renomada artista Raquel Trindade, filha do artista Solano Trindade, falou da sua experiência com o Teatro Popular Solano Trindade (TPST) que existe há 39 anos. Com propriedade, ela falou sobre o preconceito que as mulheres negras enfrentam.

“Sou mulher e empreendedora dentro do mundo das artes. Estamos na quinta geração de artistas. Eu cresci dentro da arte, que para mim é vivência e cotidiano. Deus me mandou um neto adotivo que me mostrou que eu era empreendedora. Foi com a orientação dele que eu vi que o que a gente fazia era um empreendimento. Agora ele quer transformar a ONG em Oscip”, contou.

Maria do Carmo Motta, psicóloga e educadora, proprietária do Colégio e Faculdade Pólis das Artes, falou da sua experiência de 30 anos na área da educação, do desafio de construir um sonho e fazer o que se gosta. “Não importa se voce tem 17 ou 50 anos, sempre tem um tempo de você fazer o que deseja”, ensinou.

No final, o depoimento da pedagoga, ex-moradora de rua, Maria Ivanete emocionou a plateia.