Bancada da situação barra investigações sobre Metrô e CPTM na Comissão de Infraestrutura

Por | 14/02/2014

“Mais uma vez a bancada governista impediu que esta Casa pudesse colaborar na investigação dos desvios de dinheiro público em obras de responsabilidade do Metrô e CPTM, envolvendo servidores que ocupam ou ocuparam os mais altos cargos em diversos escalões governamentais nestes 20 anos em que o PSDB está à frente do Executivo estadual.” Assim se pronunciou o deputado Geraldo Cruz, em reunião extraordinária (12/2) da Comissão de Infraestrutura da Alesp para discutir 17 itens de pauta.

Entre estes itens estavam mais de 10 requerimentos, assinados pelo deputado Geraldo Cruz e outros parlamentares petistas, convocando agentes públicos e políticos do governo do Estado para prestar esclarecimentos sobre denúncias que têm origem no acordo de leniência firmado pela Siemens (ré confessa) com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e nas investigações promovidas pela Promotoria Pública e outros órgãos do Judiciário.

A deputada governista Analice Fernandes solicitou vista da totalidade dos requerimentos, impedindo assim a sua apreciação. Foram aprovados apenas na reunião dois projetos de lei, sendo um relatado por Geraldo Cruz e favorável ao PL 413/2013, do deputado Gerson Bittencourt (PT) que determina que todas as propriedades rurais do Estado devem tratar seus dejetos humanos de forma ambientalmente correta.

Na terça-feira (11/2), a Bancada do PT protocolou requerimento solicitando que o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, encaminhe cópia do processo administrativo de investigação das denúncias de formação de cartel e pagamento de propina a agentes públicos e políticos do governo do Estado, realizado pela Corregedoria Geral da Administração.

Os deputados da Bancada petista na Assembleia Legislativa só tiveram conhecimento da existência do relatório elaborado pela Corregedoria e encaminhado ao governador Geraldo Alckmin por meio de notícias veiculadas pela grande imprensa. Segundo o noticiado, o documento sugere o afastamento de 15 funcionários do Metrô e da CPTM, por terem tido acréscimos patrimoniais não esclarecidos, discrepâncias na lista de bens e omissão de informações em requerimentos.