Secretário cobra apoio do governo do Estado ao Mais Médicos

Por | 11/12/2013

Em reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Telma de Souza, que aconteceu nesta terça-feira (10/12), o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, Mozart Sales, pediu mais apoio do governo do Estado para o Programa Mais Médicos. “Gostaríamos que a secretaria estadual fosse mais parceira. O coordenador estadual não pode apenas constar na lista. O programa é federal, mas precisa do apoio e da parceria dos estados e municípios”, afirmou Mozart.

A afirmação do secretário foi reforçada pelo deputado Geraldo Cruz, para quem “o Mais Médicos é um programa que não apenas supre a carência desses profissionais nas periferias e cidades mais afastadas dos grandes centros urbanos, como também democratiza o acesso da população dessas localidades a médicas e médicos”. 

Hoje, o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes, taxa bem inferior a de outros países como Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,0), Espanha (4).

Segundo Mozart, essa situação é fruto de uma política que não olhava para as necessidades numéricas, de distribuição ou de especialidades médicas. Por isso, hoje o governo federal, além de contratar profissionais estrangeiros para trabalhar onde a população mais necessita, está investindo em formação, sempre visando a real necessidade do país. Por meio do Provab (Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica), por exemplo, 4 mil médicos atuam nas periferias com recursos federais.

O programa ainda prevê mais e melhores equipamentos de saúde, reordenação da oferta dos cursos de medicina e mais vagas em residência em especialidades prioritárias, como pediatria.

São Paulo tem hoje 2,38 médicos para cada mil habitantes, acima da média do país, mas com forte concentração na região metropolitana. A maioria das regiões do Estado fica num patamar bem abaixo desse índice, como o Vale do Ribeira. Em São Paulo, 381 municípios aderiram ao programa Mais Médicos. São 2.498 médicos demandados e 574 médicos já alocados no Estado.

Os deputados Edinho Silva, Marcos Martins e Gerson Bittencourt falaram sobre a resistência que as entidades médicas tiveram com relação ao Programa e à vinda dos médicos estrangeiros, demonstrando todo um conservadorismo. Mozart mostrou que a Inglaterra tem 37% dos seus médicos formados fora do país, os Estados Unidos têm 25% e o Brasil possui apenas 1,79%.

“A demanda existe, tanto que quase todos os municípios brasileiros aderiram”, afirmou o secretário, que ainda falou sobre pesquisa recente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) que apontou que 84,3% da população brasileira aprovam o Mais Médicos.

Mais Médicos no Conisud

Na região que integra o Conisud (Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo), a maioria das cidades já possui médicos do programa federal e algumas receberão novos profissionais nesta semana, até o dia 13/12.

As seis médicas cubanas que já atendem a população de Embu das Artes terão a companhia de 11 colegas, também de Cuba. Itapecerica receberá dez novos médicos, somando 14 estrangeiros. Cinco deles chegarão a Embu-Guaçu, que já havia recebido uma médica cubana. Cotia, com quatro médicos, São Lourenço e Juquitiba também contam com profissionais do programa.


Com informações da Imprensa  PT Alesp