Presidente da CESP opta pelo lucro no lugar da redução tarifária

Por | 28/06/2013

“A presença do presidente da CESP na Alesp serviu apenas para reforçar o que afirmo sempre: que o governo do PSDB não gosta de gente e que sempre defende os interesses dos empresários e não da população.”

Esse comentário foi feito pelo deputado Geraldo Cruz ao término da reunião da Comissão de Infraestrutura no último dia 26/6, com a presença de Mauro Arce, presidente da Companhia Energética de São Paulo (CESP), convocado para falar sobre os motivos de a empresa estatal não renovar as concessões de três hidrelétricas sob sua responsabilidade e colaborar para a redução tarifária das contas de energia elétrica residenciais e industriais, proposta pela presidenta Dilma Rousseff, por meio da Medida Provisória 579.

“Não aceitamos por considerar que os valores oferecidos pelo governo federal foram baixos e que não atenderiam aos interesses de nossos acionistas”, respondeu Arce aos questionamentos feitos pelo parlamentar sobre se a empresa defendia os interesses da população ou dos cotistas das ações da CESP. E o presidente ainda disse que, “por não ter aceito a proposta, teremos lucro este ano”.

As hidrelétricas concedidas à CESP, até julho de 2015, são: Ilha Solteira, Jupiá e Três Irmãos, que, segundo Arce, respondem por 70% das operações da companhia. Além da CESP, a Cemig, mineira, e a paranaense Copel, todas com governos do PSDB, também recusaram a oferta federal de antecipar a renovação das concessões por valores que possibilitassem a redução tarifária à população, conforme proposto pela MP federal.