Artigo: Filho, eu desejo a paz

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Deputado estadual Geraldo Cruz homenageia as mães

Por | 12/05/2013

No mês em que celebramos o Dia das Mães quero refletir com você, leitor(a), a respeito do modo como vejo o comportamento das pessoas em uma data comemorativa como esta. Não pretendo questionar o ato de se presentear as mães, que, penso, talvez seja a pessoa mais importante de nossa vida. A data, como sabemos, é a segunda em importância para o comércio, depois do Natal, e é muito positivo ver que, como reflexo das políticas socioeconômicas do governo Lula, ampliadas no governo Dilma, aumentou o poder de compra das famílias brasileiras.

A questão em si não é o fato de se presentear as mães, afinal, cada pessoa age como achar melhor, presenteia materialmente e/ou afetivamente, de acordo com suas posses e sua consciência. Mas, o que observo de uma forma geral é o excessivo consumismo e uma certa inversão de valores. O que me deixa mais perplexo e entristecido é ver lojas anunciando venda de fogão, geladeira, TV, enfim, de uma infinidade de produtos pelo mero consumo, o que a meu ver é um consumo desrespeitoso para com as mães.

Se fizermos uma correlação entre o sentimento que identifica a mãe, o amor por seu(sua) filho(a), puro e simples, e o comportamento das pessoas na nossa sociedade, veremos que pouco há de afetividade, de respeito, de atenção entre as pessoas. Não significa evidentemente que esses sentimentos e atitudes se perderam, mas talvez eles estejam ofuscados por essa excessiva valorização do “ter” e não do “ser”. Vemos aqui e acolá exemplos de pessoas que demonstram afeto e respeito pelo outro, mas, infelizmente, parecem ser fatos isolados em meio à correria do dia a dia, à violência, ao desamor.

Nesses mais de 30 anos de vida política pude acompanhar diretamente a luta de muitas mães nos movimentos sociais por creche, melhorias na educação, na saúde, mais moradias, enfim, por uma vida mais digna para sua família. Até hoje, são as mulheres – possivelmente, muitas delas mães – que mais participam dos projetos de demandas sociais.

Refletindo um pouco mais sobre os problemas sociais na atualidade, penso que se perguntássemos às mães o que elas mais desejariam como um presente hoje, creio que a resposta seria algo como: “Meu filho, eu desejo a paz”...

Sonhar é para mim como alimentar a alma. Por isso em minha mensagem às mães digo que “ouso sonhar que o amor e a paz presentes em cada mãe estejam refletidos em nossa sociedade, que assim será mais justa, inclusiva e igualitária”. E concluindo, eu tenho certeza de que o maior presente que você pode dar para sua mãe é dizer a ela: “Eu te amo, mãe”. Feliz Dia das Mães.