Lideranças discutem projetos da OHL para cidades cortadas pela Régis Bittencourt

Por | 16/03/2012

Uma comitiva de lideranças da região sudoeste acompanhada pelo deputado estadual Geraldo Cruz se reuniu com os dirigentes da OHL, empresa que administra a autopista Régis Bittencourt, para tratar das demandas regionais de implantação de passarelas de pedestres, alças de acesso, retornos na rodovia, pistas marginais, iluminação, baias para parada de ônibus e as obras de drenagem para acabar com os alagamentos na pista. Na reunião os dirigentes da OHL apresentaram os projetos de implantação das alças e retornos. O deputado se propôs a realizar uma ação conjunta com deputados federais do PT junto à ANTT visando acelerar a aprovação dos projetos.

De acordo com a OHL estão previstos  quatro retornos ao longo na Régis Bittencourt entre as cidades de Taboão da Serra e Juquitiba. O primeiro está localizado no km 277+700, próximo a empresa Daisa, em Embu das Artes, visando atender a demanda de Taboão da Serra. A construção do segundo retorno está

prevista no km 322 em Juquitiba. O terceiro fica na mesma cidade na altura do km 326+800. Já o quatro contempla uma reivindicação antiga de Itapecerica da Serra e está localizado no km 288, próximo à Churrascaria Caminhos do Sul.

“Todos os projetos estão prontos para serem executados. Mas, temos que seguir os passos que antecedem o início das obras. O primeiro deles é conseguir alinhar o projeto para atender às necessidades reais. O passo seguinte é obter a aprovação pela ANTT, depois temos que conseguir as licenças estaduais, que representa uma dificuldade grave atualmente”, relatou o diretor Superintendente da OHL, Eneo Palazzi.

Ele classificou as obras de implantação dos retornos como sendo de elevada complexidade. Sobre a construção da pista marginal prevista para ir de Taboão até Embu, Eneo Palazzi revelou que já foram iniciadas as negociações das desapropriações de áreas necessárias à implantação do projeto.

Sobre as passarelas de pedestres a comitiva regional constatou a implantação de 30 do total de 50 previstas no contrato de concessão da rodovia. Também foi informada de que as passarelas já reduziram em 20% o número de atropelamentos, mas a OHL defende a realização de campanhas para aumentar o uso. Os dirigentes da empresa relataram que a implantação das passarelas é precedida de um amplo estudo sobre demanda e usabilidade das mesmas. 

 “Nós entregamos as passarelas prontas, com acessibilidade e entrada para instalação da iluminação pública, que é responsabilidade das  prefeituras”, esclarece.

Quanto aos alagamentos constantes em vários trechos da rodovia o superintendente observa que na maioria dos locais o problema é decorrente da falta de manutenção da rede de água pluvial nas cidades e do assoreamento dos leitos dos rios e córregos. 

 Já em relação as baias de ônibus o superintende adiantou a necessidade de construção das faixas de aceleração e desaceleração, sinalização entre outros requisitos. Ele citou ainda investimentos já feitos em sinalização, recuperação do asfalto, abertura de retornos em pontos críticos, e o início da obra de duplicação da Serra do Cafezal.

“Reconhecemos a importância e a qualidade do trabalho que a OHL vem fazendo na região e, vamos atuar em conjunto com os deputados federais do PT para levantar informações na ANTT e acompanhar a aprovação dos projetos de implantação dos retornos”, salientou o deputado Geraldo Cruz.

Ele fez um balanço positivo da reunião na OHL e disse que os projetos previstos para a região atendem as necessidades atuais dos municípios cortados pela Régis Bittencourt. 

Um dos pontos críticos apresentados na reunião foi a alça de acesso à Itapecerica da Serra, onde frequentemente ocorrem acidentes de trânsito, em razão da pista dupla. O vereador José Maria Rosa reclamou que a entrada é mal iluminada, o asfalto é ruim e não há sinalização. A OHL afirma que o acesso é de responsabilidade do DER, portanto não pode sofrer intervenção da autopista. 

“O correto seria fechar e deixar mão única. Fizemos alguns estudos e concluímos que é preciso fechar a entrada pelo Pinheirinho, deixando a saída atual e implantando outra opção. Várias obras estão sendo feitas no local e deve melhorar o acesso e acabar com os alagamentos”, respondeu Eneo Palazzi.