Informações à Alesp não explicam constante falta de água na região Sudoeste

Geraldo Cruz Deputado Estadual

Dilma Pena compareceu a Alesp para falar sobre as atividades da estatal e explicar inúmeras denúncias

Por | 6/09/2011

“Quem teria coragem de enterrar sete bilhões de reais em canos, uma obra que ninguém vê.” Essa afirmação foi feita na quarta-feira, dia 17/8, pela presidenta da Sabesp, Dilma Pena, que compareceu à Alesp, em reunião conjunta das comissões de Infraestrutura (da qual o deputado Geraldo Cruz faz parte) e Fiscalização e Controle para falar sobre as atividades da estatal e explicar inúmeras denúncias publicadas pela imprensa sobre irregularidades em contratos com empresas prestadoras de serviços.

Os deputados do PT presentes (além de Geraldo Cruz, Zico Prado, João Antonio, Luiz Moura, Isac Reis, Simão Pedro e Alencar Santana) tentaram obter explicações da presidenta da Sabesp sobre a manutenção de contratos milionários com ex-dirigentes da estatal, “mas só ouviram respostas evasivas de Dilma, que preferiu dizer que todos os contratos são auditados interna e externamente, mas em nenhum momento se colocou em defesa da população que paga altas contas pelo consumo ou é obrigada a ficar dia sim, dia não sem uma única gota em suas casas”, afirmou Geraldo Cruz.

O parlamentar aproveitou para fazer inúmeras perguntas sobre obras prometidas e não realizadas em sua área de atuação, como no bairro Santo Eduardo, Embu das Artes, Jd. Julio, Itapecerica da Serra, poço artesiano em Cotia e elevatórias em Taboão da Serra e teve como resposta que a Sabesp pretende chegar à universalização no abastecimento, distribuição e tratamento na região sudoeste num período de 3 anos.

Entre as muitas questões não respondidas pela presidenta da Sabesp, esteve a indagação feita pelo Jornal do Butantã, que denunciou em manchete: “Sabesp despeja esgotos de áreas nobres no Rio Pinheiros”. De acordo com a publicação, “áreas nobres da capital paulista como Panamby, Cidade Jardim, Real Parque e Butantã não dispõem de rede coletora de esgoto, fazendo com que todos os dejetos sigam pela tubulação da Sabesp, indo cair diretamente no rio sem nenhum tratamento”, lembrando que nessa região existem imóveis que valem até R$ 5 milhões.

Geraldo Cruz lamentou a falta de explicações por parte de Dilma Pena, “que preferiu ressaltar em seu discurso que a Sabesp em 2010 obteve um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão e uma receita líquida de R$ 9,2 bilhões, valores mais que suficientes para propiciar água em todas as torneiras dos municípios em que atua”.