“Fome imobiliária” estimula crescimento desordenado

Para Geraldo Cruz, a agressão ao meio ambiente advém do crescimento desordenado, que atende aos interesses imobiliários e mantém excluída a população mais pobre

Por | 21/06/2011

A participação do público no debate trouxe vários relatos de ocupação desordenada em Cotia, sobretudo na instalação dos condomínios de classe média, que tem devastado matas e comprometido minas d’água.

“É preciso cessar a fome imobiliária”, sintetizou Laércio Camargo, ex-secretário de meio ambiente do município.

Comentando as intervenções da população, o deputado Geraldo Cruz afirmou estar convencido que a única alternativa para preservação ambiental é a reorganização dos núcleos populacionais já existentes, deixando intocadas as regiões ainda não ocupadas. “Estou convencido de que é necessário investir na verticalização das construções das regiões já ocupadas e cessar imediatamente os novos loteamentos em nossa região – não temos outra alternativa”, afirmou.

O vereador Giba, do PT de Cotia, lembrou que a cidade possuía um Plano Diretor que orientava a ocupação do solo, mas a revisão da lei alterou os parâmetros iniciais, permitindo a instalação de novos empreendimentos em áreas preservadas pela primeira versão.

Os resultados de todos os seminários do Ciclo de Debates serão sistematiizados e utilizados como instrumento da sociedade civil para pautar o debate e as propostas dos candidatos a prefeito/a e vereado/a no próximo ano.

A atividade contou ainda com a participação do Pe. Assis, da Pastoral do Meio Ambiente; Alexandre Bertazzo, presidente do sindicato dos Bancários; e Alex, do sindicato dos Metalúrgicos.

O Ciclo de Debates “Cotia do futuro – qual o desenvolvimento que queremos?, é uma iniciativa do Instituto VisVida, com o apoio dos vereadores Giba e Toninho Kalunga. Os debates acontecem bimestralmente, sendo que o primeiro, sobre Mobilidade, aconteceu em abril. O próximo tema será acesso à cultura e deve acontecer em agosto. Para mais informações acesse www.visvida.org.br