Em nota de repúdio, Igreja Católica se diz “apreensiva” e alerta a população sobre a Reforma da Previdência Social

Por geraldo | 27/03/2017

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifestou por meio de uma nota, preocupação e repúdio em relação à PEC 287, conhecida também como a Reforma da Previdência Social, que é proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

A nota da CNBB, que expressa a opinião da Igreja Católica, alerta a população que a iniciativa que está em tramitação no Congresso Nacional fere os direitos dos trabalhadores, conquistados com “intensa participação democrática”.

A orientação da Igreja é para que os padres alertem os fiéis, seguidores e simpatizantes da religião para conscientizar a todos sobre o que realmente está em jogo caso seja aprovado este projeto, que seria praticamente o fim da aposentadoria pública e o incentivo para a previdência privada.

A nota da CNBB pede “diálogo sincero entre governo e sociedade”, também afirma que “os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diferentes dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo” e pede para que o poder Executivo passe a “identificar e cobrar os devedores da Previdência”.

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“O sistema da Previdência Social [...] é criado para a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à vulnerabilidade social (idade, enfermidades acidentes, maternidade...), particularmente as mais pobres”.

“Ao propor uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade; ao comprometer a assistência aos segurados especiais (indígenas, quilombolas, pescadores...); ao desvincular o salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício, a PEC 287 escolher o caminho da exclusão social”.

É necessário seguirmos firme na luta contra o desmonte dos direitos. O envolvimento da sociedade é importante, não é só a reforma da previdência que deve nos preocupar, a terceirização dos serviços também fere todos os trabalhadores. É contra este governo que não reconhece os direitos da população que é preciso nossa manifestação.

Leia a nota da CNBB completa clicando aqui.