Manifestações em todo o Brasil pedem mais recursos para saúde

Por geraldo | 6/07/2016

Integrantes de conselhos de saúde de vários estados realizaram na manhã desta quarta-feira, 6/07, uma marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e seguridade social. Os manifestantes reivindicam mais verbas para a saúde. O grupo seguiu da Catedral de Brasília até o Congresso Nacional. Para o deputado Estadual Geraldo Cruz, defender o SUS é lutar pela democracia. “É grave que hoje esteja em andamento uma agenda de diminuição do alcance do SUS que jamais seria aprovada pelo voto da população”, explicou.

Em Embu das Artes, manifestantes também se concentraram na Praça Central para apoiar as reivindicações. Trabalhadores da saúde e do Conselho Municipal da Saúde levavam faixas em favor do SUS, pela continuidade do programa Mais Médicos, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 143 e contra as internações compulsórias.

Recentemente o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispo auxiliar de Brasília, Dom Leonardo Ulrich Steiner, protestou contra a PEC 241/2016, dizendo que ela significará um retrocesso. O bispo convidou a sociedade a se manifestar e a defender os pobres.

De acordo com a proposta do governo interino que tramita no Congresso, a regra do reajuste pela inflação, sem crescimento real das despesas, vigorará por 20 anos. O governo poderá propor, por meio de projeto de lei, a revisão desse critério, para vigorar a partir somente do décimo ano de vigência da emenda constitucional. O governo afirma que o objetivo da medida, chamada de Novo Regime Fiscal, é conter o crescimento das despesas federais. Segundo a justificativa que acompanha a PEC, a raiz do problema fiscal brasileiro está no aumento acelerado da despesa pública primária.

Segundo Geraldo Cruz, não se pode aceitar que as medidas de austeridade sejam usadas como “desculpa” para que sejam retirados direitos sociais. ” O SUS é garantia de saúde pública e de qualidade para os mais pobres. Todos nós somos responsáveis por garantir sua existência. O SUS será bom para todos quando mais gente participar dos Conselhos de Saúde, dos orçamentos participativos e das prestações de contas”, resumiu o deputado. CB