Alckmin retira benefício e propõe ajuste mínimo para professores estaduais

Por geraldo | 30/03/2016

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) já indicou que não aceita a proposta da Secretaria da Educação que prevê 2,5% de reajuste salarial linear para todos os profissionais da educação, em lugar do bônus financeiro anual da categoria, suspenso pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Esta proposta de reajuste não leva em conta a dívida histórica para com os professores da rede de ensino público do estado de São Paulo e irá afetar ainda mais a baixa qualidade de ensino, que já motivou greves e ocupação de escolas.

O valor reservado este ano pelo governo Alckmin (PSDB) para as escolas básicas é apenas 0,9% superior ao de 2015, quando a inflação foi de 10,6%, de acordo com o IPCA, do IBGE.

Em 2015, o orçamento para a Secretaria da Educação foi 5% maior do que em 2014, e a categoria ficou sem reajuste.

Para o deputado estadual Geraldo Cruz, “é uma vergonha que no estado mais rico do país os professores fiquem dois anos sem a reposição da inflação, num claro boicote à qualidade do ensino público”.

Mas as maldades do Governo Alckmin não param por aí. A secretaria anunciou ainda a suspensão do bônus por mérito, e ao escutar a gritaria geral, propôs como última estratégia uma enquete entre o bônus ou o aumento. “É a política tucana do menos pior”, disse Geraldo Cruz.

De acordo com a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a enquete não dá opções reais aos servidores, apenas "migalhas". Por isso, a entidade recomenda que os professores não escolham entre as duas alternativas, mas que manifestem sua insatisfação. "É como se perguntassem ao professor se ele quer morrer enforcado ou afogado. Nenhuma das opções é aceitável. Nós queremos a reposição salarial, pois a inflação do período é de 16,5%.".